... ao POVO... o que é do POVO!!!...
... ao POVO... o que é do POVO!!!...
… ALEIXO da Grécia antiga,
gente amiga... sabedoria,
quando, em plena DEMOCRACIA,
VOZ da RAZÃO, do POVO,
ESOPO, fabulista de encantar, basta RECORDAR,
usança inapropriada, deslocada, apostasia,
simples conto, entre gente desconhecida,
pronuncia, quase fantasia... dando vazão,
nenhuma emoção conhecida,
como tema uma formiga,
escrava no seu labor, indiferente a frio, a calor,
cigarra que não pára de cantar... planura alentejana, indolência,
coisa tão natural, situação actual,
desemprego,
ponto final, desapego,
ao invés de quem recorre,
incompetência, infernal destruição, chamejante,
incêndios em profusão,
tão flamante
convencimento, quando indica, determinada ocasião,
se torna inútil, sacrifício,
com maleita, sem ofício,
puro artifício
imoral, não exemplo, desperdício, palavras deitadas ao vento,
quantas outras, não foram poucas,
profícuo na criatividade, embora escravo,
calcando, com agravo,
tanto tento, não perdendo seu alento, insana luta,
quão deturpadas,
por feras,
usurpadas... noutras eras,
seres diversos,
escassos, locais esparsos,
relatando realidade, normas de conduta, procedimento,
tão do agrado de populares, misturando DEUSES, denegrindo avaros,
desmistificando mentira
que se atira,
cobiça que avulta, envergonha, peçonha,
era Pedro, simples pastor de aldeia,
mentiroso dos sete costados,
figura triste que desfeia, grito sonante, repente,
“que vem o LOBO, que vem o LOBO”
aflitos,
em união, com varapaus na mão,
multidão, conterrâneos, desilusão,
gargalhada colossal, regresso, abatimento, perante
ser ignóbil, extravagante, possesso, repetição,
“que vem o LOBO, que vem o LOBO”
veio,
fez estrago,
aldeões, ombros encolhidos, costas voltadas,
negação, isolado,
sem ovelhas, com vergões,
feridas, alguns rasgões, pagou pelas mentiras contadas,
porque,
pertença de todos os viventes, criaturas e gentes,
fome que atiça,
algo que se cobiça... sobrevivência,
entre abutres, lobos, cordeiros,
insaciáveis, no apetite, erva tenra, tão ordeiros,
excelência,
chusma, useiros, homens que se comparam,
usando pretextos, servindo contextos, fabulando,
mediante o que devoram,
quando esmolam, não repartem,
enganando, com antecedentes,
a jusante, satisfazendo carência, calor imenso,
água límpida, refrescante,
apetecível pedaço, cobiçado por LOBO que visionou cordeiro,
num ribeiro,
parado se quedou,... pensou, atirou,
“como te ATREVES tu, criatura,
sujares água tão límpida, tão pura”
na inocência verdadeira, ripostou que a fera estava a montante,
sendo impossível tal feito,
logo desfeito, degradante,
“não agora, no ano passado,
mesmo local, meu bom bocado”
“nem nascido, nem criado”
temendo, gemendo,
“não foste tu, foi o teu pai”
água vem, água vai, estando na jusante, razão efémera
perante besta, perante fera,
estando a montante,
apetite tão GRANDE!!!... Sherpas!!!...