... ditadura... democrática???...
"PSD. Marcelo Rebelo de Sousa garante que pode vir aí um novo Bloco Central: caso
Sócrates não tenha maioria absoluta recorre a Manuela Ferreira Leite para formar Governo.
Segundo Marcelo, o "arranjo" tem o beneplácito de muitos empresários
Analistas políticos vêem sinais de aproximação entre o PS e o novo PSD
... in DN!!!... A "velha" senhora... com o devido respeito, claro!!!...

Marcelo reagia assim à notícia de ontem do DN de que a moção de estratégia global que Manuela Ferreira Leite irá levar ao congresso de Guimarães, que arranca na sexta-feira e dura até domingo, não fecha a porta a uma solução governativa desse género. Mas o actual comentador político da RTP1 vai mais longe e garante: "Já vejo muitos empresários a apontarem para um Governo de Bloco Central." Uma tese que ontem Fernando Rosas, deputado do Bloco de Esquerda, e Vasco Cardoso, membro da Comissão Política Nacional do PCP, também admitiram como bem real.

O assunto é tema de conversa nos bastidores do PSD, em vésperas de congresso, e agora Marcelo Rebelo de Sousa, que apoiou a nova líder, vem alertar para esta possibilidade, ao mesmo tempo que fala dos seus riscos inerentes. "É um risco enorme porque é deixar à solta muita gente, que está nas franjas", diz Marcelo. Ao DN, o historiador Rui Ramos acrescenta que "desde há algum tempo que - e partindo do pressuposto de que Sócrates não tem maioria absoluta - há gente no PSD a oferecer-se para emparceirar com o PS. Só que uns são mais discretos que outros". Para o professor do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, "o único partido de que não ouvi falar num cenário desses é o PCP. Porque no BE, no CDS, onde há um certo conjunto de pessoas que apostam nisso, e no PSD há quem pense nisso". No caso do PSD, segundo Rui Ramos, "há a vantagem de existir uma espécie de maioria presidencial, que iria preparar as presidenciais de 2011". Marcelo Rebelo de Sousa discorre também sobre este tema, dizendo que o entendimento Sócrates-Manuela não seria fácil, mas que há que contar com o que chamou de "o terceiro elemento": Aníbal Cavaco Silva.

Rui Ramos também fala em "riscos", que passam por "subitamente essa solução deixar de fora um conjunto de personalidades e de forças que podem crescer à custa de um Bloco Central. Isso aconteceu em 1983/85 com as sondagens que davam bons resultados ao CDS de Lucas Pires e com o aparecimento do PRD. O Bloco Central é sempre um presente para alguns descontentes. Pode ser que o exemplo passado seja dissuasivo".
Com Rui Ramos a dizer que "a direita está a apostar na estupidez" e a voltar a soluções de liderança com "dez ou quinze anos", José Adelino Maltez é igualmente contundente. O catedrático do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas defende que "o normal é haver anormalidade na política, no passado o FMI gerou o Governo PS-CDS, depois o Bloco Central foi também formado pela crise, agora o que se sabe é que a crise voltou". Maltez diz que o regresso do Bloco Central "é o atirar da toalha antes do combate" e alerta para o facto de que já "há demasiados sinais que apontam para isso, para um Governo de pilotagem automática a partir do exterior".

Já Carlos Abreu Amorim, da Escola de Direito da Universidade do Minho, sustenta que "Ferreira Leite, mais ainda do que qualquer outro líder do PSD pós-Cavaco, não consegue fazer a separação ideológica, de pensamento político e de proposta para o País, do PS de Sócrates. Tudo o que Sócrates fez e tentou fazer também ela gostaria de ter feito e tentá-lo-á se conseguir chegar ao Governo.

... à portuguesa!!!...
"O candidato presidencial Manuel Alegre defendeu hoje a necessidade de combater o "bloco central de interesses" instalado em Portugal, considerando que tal passa pela separação entre os negócios e a política." (aquando da campanha presidencial)
... palavras antigas de Manuel Alegre, o poeta!!!... E agora???...
... mas, no meio disto tudo... VIVA a SELECÇÃO NACIONAL, k´é o que está a dar, n´é???...
... como esclarecimento, ainda assim... levados pelas palavras do Prof. Pardal, ali das bandas do VITAL
... in http://causa-nossa.blogspot.com/
O PS deveria cortar cerce qualquer veleidade a esse respeito, frisando que nas próximas eleições os portugueses vão ter de escolher entre a manutenção de um governo PS ou a mudança para um governo PSD (ou PSD/CDS), não havendo nenhuma razão, nem lógica, para qualquer parceria governamental entre ambos nas actuais condições (que nada têm a ver com 1983-85).
Aditamento
Quanto a "acordos de regime", aquele em que ambos os partidos se deveriam empenhar era justamente em melhorar as condições constitucionais e políticas para a estabilidade governamental, mesmo fora de maioria absoluta.