... GUERRAS???... Ná... não CREIO!!!...
... inaudito, nunca visto, não é conto,
foi imprevisto...
calculava, desde que me conheço, de arma na mão, olhar vago,
frente a multidão,
pensando, como irmão, deitando para o chão
arma mortífera, não sendo fera,
virando costas, indo embora, mulher que chora,
criança morta...
vociferantes que se movimentam, aviões que revolteiam nos céus,
incréus,
voltam e voltam, não vomitam morte, não destroem, não incendeiam,
não esfrangalham corpos...
voando sem destino, não cumprindo,
centros da GUERRA que se vão esvaziando, botões que não calcam,
não enviam aparatos de medo,
não é luta...
carnificina que se não produz, mesmo com ordens,
injúrias desmedidas, gritadas, proferidas,
gestos desgarrados, jornais, mídias,
palavras grandiloquentes, efervescentes, juízos revirados,
inconscientes...
fardas despidas, são vidas,
horrores lembrados, tão presentes, destruição louca,
sociedade que se apouca...
se condena, se extingue, se distingue de quem mata por necessidade,
realidade,
matança provocada, por cimeira, discussão,
em vão...
não querem, rejeitam, enfrentam aliança com o diabo,
penitenciam-se perante...
quadro avulso, degradante,
modo de vida oprimida, consciência de quem pensa,
distinção de tempos de constante penumbra, ódios permanentes,
inocentes...
casacas lustrosas não presentes,
que se enfrentem, que se digladiem, que se espezinhem, que se escravizem,
assim o dizem... quando procedem,
retrocedem
não matando, não destruindo, rejeitando carniça imensa,
virando costas a insensíveis,
incríveis...
donos do MUNDO, donos de TUDO,
piedosos facínoras, abençoados por religiões que se acomodam,
não gritam, não choram... não imploram,
casacas longas, vermelhas, pretas de luto,
abutres e corvos...
quando afastam estorvos,
esquecem visões apocalípticas, males destruidores,
furores... ladainhas,
nem adivinhas,
inaudito, já tinha sonhado... há quanto tempo,
desejo meu, grande momento,
armas no chão, aviões que volteiam, botões sem uso,
homens sem farda, irmãos dos irmãos,
contenção...
ansiedade que se torna esperança, na PAZ que avança,
teimosia que me inebria, despreza mais valia, junta à dignidade,
sendo saída... sendo cura,
realidade,
cantam os anjos na TERRA, sorrisos que me avassalam,
embalam...
acalentam no íntimo, me fazem mais forte,
contraforte...
muralhas invisíveis, vontades,
futuro tão belo,
desvelo!!!... Sherpas!!!...