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20
Fev09

... volta à "baila"... a HIPOCRISIA!!!...

sherpas
Há na discussão sobre o casamento civil das pessoas do mesmo sexo um desencontro essencial e insanável entre os que são contra e os que são a favor. Não vale a pena negá-lo, nem travestir de diálogo e amabilidade aquilo que é uma fissura brutal, sem conserto - aquela que divide os que vêem um casal de pessoas do mesmo sexo como igual a um casal de pessoas de sexo diferente e os que são incapazes disso.
... de que lado está?
Quando alguém diz, como ontem dizia na sua coluna neste jornal Maria José Nogueira Pinto, que "não se pode tratar da mesma forma o que é diferente", falando de "usurpação" a propósito do desejo dos homossexuais de aceder ao instituto do casamento e ao que ele simboliza - a assunção e dignificação social de uma relação -, está a falar a língua da exclusão.
É isso que dizem todas as propostas de "todos os direitos com um nome diferente": "vocês desculpem mas ficam à porta, ficam de fora, ficam do outro lado. Não são dignos de entrar".

Motivos para isto? Bom, é difícil compreendê-los. Sobretudo porque legislar no sentido de retirar do Código Civil a exclusão dos casais do mesmo sexo não só não belisca em nada o direito de casar dos de sexo diferente como acrescenta valor ao símbolo, demonstrando que ele, ao contrário do que os defensores da exclusão, no seu desespero e atabalhoamento argumentativo, tentam provar, mantém o seu poder de atracção.
Mas há um paradoxo maior na atitude dos que excluem: na verdade, são eles os usurpadores. Desde logo, os usurpadores da ideia de família: ouvir pessoas falar de família como uma fórmula de patente registada, um sinónimo de casamento com procriação, faz sorrir.
E mais ainda quando falam em "instituição milenar". Na verdade, a "instituição milenar" a que se referem, a única a que podem referir-se (já que o casamento civil em Portugal tem 142 anos), é o compromisso entre duas pessoas de partilhar a vida, compromisso que historicamente se afirmou de várias formas, a mais comum sendo a factualidade - aquilo a que chamamos união de facto e que durante muito tempo foi reconhecido pelas autoridades temporais e eclesiásticas como casamento clandestino.
 

Ora, como é óbvio, as relações duradouras, com coabitação, entre pessoas do mesmo sexo sempre existiram. O facto de o preconceito ter no passado impedido que se lhes chamasse casamento não pode justificar- pelo contrário - a manutenção da exclusão.
Quem diz "Ah, mas já gozam de tanta aceitação, para quê desafiar a mais tradicional das instituições?" (como faz Pedro Lomba também no DN de ontem) está no fundo a dizer "Dêem-se por muito felizes por já não vos lapidarmos, por já vos deixarmos andar à solta e nem sequer vos tratarmos com electro-choques, mas calma, não pensem que vos vemos como realmente iguais".
Aquilo que tenta assim passar por bom senso não é mais que paternalismo desdenhoso, uma espécie soft de nojo que afirma um direito de propriedade: não queiram o que é nosso. Sucede que os homossexuais só querem o que lhes foi historicamente usurpado: respeito. Assentar nos crimes do passado a defesa de crimes presentes é, como no caso dos judeus, dizer que se foram sempre perseguidos deve haver uma razão. É tempo de parar com isto, não acham?

   ... fotos in http://fotos.br101.org/gallery/eventos-sp/gay-2008/gay-lesbica_0978.jpg.html

 

   ... parada de "orgulho Gay de S. Paulo... em 2008!!!...

 

   ... decidir, livremente... a vida que se pretende!!!... Ou não???... A realidade existe, falta a legalização... com Casamento Civil, União Oficial ou Contrato entre duas pessoas que se querem!!!... Tapar o SOL com... uma PENEIRA, é "palermice"!!!... Sherpas!!!...

 

  

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