... num dia de SOL!!!...
… num dia de sol, meio encoberto,
com temperaturas amenas, agradável,
naquele espaço verdejante, viçoso, repleto,
mesmo junto ao Tejo,
mais próximo do velho monumento,
amplo, saudável,
com fonte luminosa, muito perto do centro,
em frente ao dito, ao cultural,
foco das atenções, aquando da sua construção,
quanto a verbas dispendidas, derrapagem nas contas,
hoje confluência, junção,
de gentes de alguns extractos sociais,
verdadeiras horas de ponta, sem pontas,
tresmalhadas, não ferozes, em tropel, confusão,
verdadeira sede de saberes, tiques culturais,
um acervo, uma moda, um ciclo,
que se abriu, que se mantém, que surgiu,
por influência, por escassez, périplo,
cúmulo máximo, desvario,
por dinheiro ganho, excessos, tardio,
de classe abonada, nova se chama, quanto a riqueza,
inculta, que desfruta… com fastio,
desse encanto, dessa beleza,
dum mostrar que sente, desse arrepio,
quanto a comportamentos intelectuais,
muito próprio, muito dado aos que têm mais!!!...
… mas, meu defeito, estou a divergir,
não pretendia participar, nem entrar,
com sol, temperatura agradável, a preceito… é de fugir,
é de ficar no relvado, olhar à volta, abarcar,
sentir aquela mole imensa que se espraia,
que se delicia, que convive, que se estende,
preguiçosamente, com indolência,
cultos ou incultos, simples e miúda raia,
ralé, de chinelo no pé… vulgar, como gente,
que joga uma bola, passeia a inocência,
acarinha o namorado, beija a mulher,
deita para fora, o que sente,
saboreia um gelado, come uma sandes,
estende as pernas, passeando,
descansa o corpo, sentado num banco,
goza o espaço, faz um boneco… com maquineta adequada,
uma fotografia na digital, queda plasmada,
um gozo, uma alegria partilhada,
um café… na esplanada,
dia bem cheio, recheado de sentires, de sabores,
naquele recanto, junto ao Tejo… com outros odores!!!...
… o aspecto, em dia de sol,
diverso, com muitas cores, multicolor,
embora nublado, não muito quente,
repleto de gente,
feliz e contente, uma enormidade,
num intervalo, período de descanso,
fim de semana… realidade,
lugar encantado… doce remanso.
memória de tempo passado,
da velhíssima praia do Restelo,
do velho cantado por Camões, desconfiado,
aglomerado de monumentos, praça forte, avançada,
com estilo amaneirado,
objectos exóticos, manuelinos, bem cinzelados,
recordatórios da façanha cometida,
premeditada, bem estudada,
em cartas de marear, concretizada,
conseguida, levada de vencida,
enaltecida… em Santa Maria de Belém,
num mosteiro que prevalece,
que canta e enaltece,
outros tempos… os de aquém!!!...
… premonitório de ajuntamentos,
pelas naus, pelas navegações, pelas partidas,
pelas despedidas,
pelo conjunto de monumentos, evocativos,
sonhos, assombrações, realizações,
gritos e choros… raivas contidas,
mortes e sombras, navegações,
depois de volvidos,
quanta exaltação, evocação,
cânticos, clamores,
profunda emoção,
esquecidas as dores,
agora… recanto belo e calmo,
junto ao Tejo, porto acolhedor,
amplo abraço, fraterno… quando exalo,
meu sentir, meu ardor,
por Portugal, por suas gentes, um grande amor,
muito antes do Centro, do Mosteiro,
ponto de partida… passo primeiro!!!... Sherpas!!!...